28/11/2016
Por: marketing

Skank emociona na festa paulista de 20 anos do disco “O Samba Poconé”

No último sábado, os fãs paulistas da banda mineira Skank receberam na Audio Club o show que faz parte da mini-turnê da banda para comemorar os 20 anos de O Samba Poconé, terceiro disco do grupo e sem dúvida um dos mais premiados.

Abrindo a festa às 23h45, Samuel RosaHenrique PortugalLelo Zaneti Haroldo Ferreti se enveredaram pelo mais recente lançamento do grupo, Velocia, com as canções “A Noite” “Do Mesmo Jeitoantes de começar o revival de fato.

Neste momento, Samuel tomou a palavra para agradecer:

“Em 1996 a gente vivia um momento musical muito diferente do que vivemos agora. Naquela época, lançar um disco como o Poconé foi um passo gigantesco para nós e, depois de ter tantas músicas marcantes lançadas na época, a gente não sabia mais o que iríamos fazer. É muito bom perceber que, 20 anos depois, nós demos um jeito nisso e ainda estamos por aqui.”


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 Daí para frente o revival tomou conta da Audio Club.

Das 11 músicas do trabalho, 8 tomaram corpo no show, ganhando versões ao vivo que estavam na ponta da língua dos fãs mais ávidos, que cantavam e dançavam como se não houvesse amanhã. Depois da balada pop “Eu Disse a Ela”, a canção “Os Exilados”, regravada anos depois do lançamento pela amiga Luiza Possi, que apareceu no camarote para acompanhar o show após sua apresentação no Festival da Nova Brasil FM, que acontecia ali perto, o personagem fictício “Zé Trindade” e suas peripécias decoradas, “Sem Terra” e seu Brasil de fato apresentado e o forró do lengo-lengo do “Poconé”, músicas que não seguiram nas turnês da banda após o lançamento, Samuel e Haroldo brincaram entre si, fingindo esquecer os sucessos que marcaram época e fizeram parte do trabalho.

A sequência pop “Garota Nacional”, “É uma Partida de Futebol” e “Tão Seu”, presentes até hoje no repertório do grupo, garantiram a todos os presentes a razão pela qual o trabalho merece uma turnê comemorativa.

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Fechando o ciclo Poconé, Samuel e companhia voltaram para a sequência de hits de seus discos posteriores, mas foram interrompidos. Do lado direito do palco, uma sequência de placas criadas pelos fãs mais saudosos da banda pediam algumas músicas de fora do repertório. Uma delas, particularmente, pareceu tocar o coração de Samuel Rosa: era de uma fã que, além de trazer nas mãos a capa do vinil do álbum celebrado na noite, escreveu de próprio punho o cartaz pedindo “In(dig)nação”, canção do primeiro disco da banda, lançado em 1991.

Ao ver o cartaz, Samuel respondeu: “Poxa… In(dig)nação! Que bela lembrança. É muito adequada para o momento que o nosso país vive hoje, infelizmente…” e começou a cantar os versos da música, puxando aos poucos, tanto o coro da banda que o acompanhou no violão, quando o coro da plateia, ainda incrédula, que repetia os versos “Indignação… indigna… indigna… nação” revivendo um tempo não mais tão escondido no passado, quando um impeachment movimentava o país (para o bem e para o mal).

 

O show se encaminhava para o final com sucessos de diversas épocas, como a inesquecível “Jackie Tequila” do começo da carreira e a mais recente balada pop do grupo, “Esquecimento”, também do Velocia, mas ninguém parecia cansado.

O tradicional BIS, que geralmente tem mais 2 ou 3 músicas, neste show ganhou mais corpo: 8 canções, entre elas “Tanto”, a versão para o clássico “I Want You”, de Bob Dylan, que reapareceu no setlist e uma palhinha de “Isn’t it a pity” de George Harrison, nas palavras de Samuel Rosa, um dos maiores compositores de todos os tempos. Ao final da festa, ninguém parecia muito cansado. Mais de 25 anos depois, o Skank ainda tem a vitalidade que uma banda precisa para emocionar, animar e guiar uma boa festa, do jeito que um revival tem que ser: emocionante.

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Fonte: Tenho mais discos que amigos

 

 





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