17/10/2016
Por: marketing

Bandas criam projeto para fortalecer cena alternativa manauara

‘Auto Rec’ é a união de seis bandas com a proposta de unificar o trabalho para o público”, explica Guedryan Silva Rezende, tecladista e compositor da Escândalo Fônico.


Banda Escândalo Fônico é um dos grupos que participam do projeto.
Foto: Douglas Corrêa/ Divulgação

Manaus – Projetos colaborativos dentro da música não são uma ideia nova. É dessa forma que ideias antes impossíveis saem do papel, como o projeto do DJ sueco Avicii, intitulado ‘Avicii x You’, que recebeu ajuda espontânea de artistas que criaram, separadamente, as diferentes partes de uma música; uma canção feita inteiramente de tweets, no Canadá; ou o Coral de Queixas, criado por dois amigos de Helsinque, na Finlândia, com a ajuda de moradores de Birmingham, na Inglaterra. Em Manaus, essa é a essência da ideia das bandas Escândalo Fônico, Pessoa Não Grata, Elementais, Erumtrio, Nattus Triballia e Alderia que, juntas, formam o ‘Auto Rec’.

“O ‘Auto Rec’ é a união de seis bandas com a proposta de unificar o trabalho para o público”, explica Guedryan Silva Rezende, tecladista e compositor da Escândalo Fônico e um dos idealizadores do projeto. “A ideia começou com uma iniciativa da Escândalo Fônico e as outras bandas responderam. Nós nos juntamos para compartilhar experiências e atrair o público. Todos ajudam e somam”, completa.

A ideia vem sendo desenvolvida há cerca de dois meses, e aposta na união das bandas em prol de um objetivo comum dentro do cenário independente da cidade. “O ‘Auto Rec’ surgiu nessa parceria, de uma necessidade”, conta Wagner Galvão, vocalista da Elementais. “Nós sempre batemos nessa tecla de que as bandas precisam se unir para trazer shows interessantes e com qualidade para a cidade. É uma parceria constante, também, com as casas de show de Manaus. Nós nos reunimos bem no começo para ver o que cada um tinha na mão, em termos de equipamento e som, e cada um colabora como pode”, explica.

“Público para a música alternativa existe”, garante Harley Oliveira, guitarrista e vocalista da Erumtrio. “Mas ele está carente de eventos e bandas nesse segmento. As mais valorizadas, normalmente, não são as autorais, mas as bandas de cover, que é o que dá dinheiro. Por isso, que nós achamos que o público é bom e vem crescendo. Falta para eles uma oportunidade de ter um evento para si”, completa.

Primeira ação

Esperando suprir essa falta, o projeto já começa a dar frutos no dia 4 de novembro, data que marcará o primeiro evento promovido pelo ‘Auto Rec’. “São seis bandas, seis shows e 50 minutos para cada uma. Vai ser show atrás de show, música direto”, garante Guedryan Silva Rezende.

E essa primeira ‘ação’, como eles escolheram chamar, já nasce com uma proposta colaborativa e beneficente. “O plano é ajudar duas instituições que cuidam de crianças carentes, o Lar Batista Janell Doyle e o Núcleo de Assistência à Criança e à Família (Nacer). Por isso, as bandas visitaram as duas instituições, neste sábado, para conhecer de perto o trabalho desenvolvido lá, conversar com quem faz parte e tentar fazer um trabalho além da música”, explica Wagner Galvão.

Segundo os integrantes, o caráter solidário também contou muito na formação do projeto e se tornou um dos pontos altos da proposta. “Eu, pessoalmente, já tenho contato com essas crianças de outros trabalhos voluntários e achei genial quando nós resolvemos juntar isso ao projeto e todos os envolvidos já têm esse perfil”, relembra Guedryan.

“Para nós, é a primeira vez em um evento beneficente desse jeito. A Erumtrio já planejava fazer algo parecido com esse formato, mas nunca teve a oportunidade. Agora, esperamos poder ajudar”, afirma Harley Oliveira. “É a nossa estreia em eventos beneficentes também, por isso, estamos divulgando o máximo possível para conseguir ajudar as instituições e fazer uma coisa legal”, conta Dã Hávila, guitarrista e vocalista da Pessoa Não Grata.

O show de estreia do ‘Auto Rec’ será no dia 4 de novembro, às 20h30, na Estação Arte & Fato (Rua 10 de Julho, 443, Centro). A entrada será 1kg de alimento não perecível.

Visando novas oportunidades

Com isso, as bandas pretendem fazer um teste e, a partir daí, pôr em prática mais projetos dentro da proposta colaborativa. “Mais para frente, nós temos planos, também, de gravar um EP com as bandas desse projeto, até como experiência, já que algumas têm trabalhos gravados e outras não”, revela Dã Hávila.

No entanto, eles já têm em mente que quem vai dar o tom dessa aventura musical vai ser alguém de fora: o público. “Vai depender muito da galera que vier conosco nessa caminhada, porque está sendo feito para eles. Com essa resposta, nós vamos começar a desenvolver outras ideias, de acordo com a agenda de cada um, de forma que fique legal para todo mundo”, adianta Wagner Galvão.

Fonte: D24am

 





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