25/05/2017
Por: marketing

Aos 35 anos de vida, o CD agoniza no mercado fonográfico, mas não morre

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(Crédito da imagem: logotipo do compact disc)

Faz 35 anos que o compact disc, popularmente conhecido como CD, foi lançado no mercado fonográfico mundial para, com som “puro”, substituir o som velho e cheio de chiados do LP. Naquele já longínquo ano de 1982, ninguém acreditaria se alguém dissesse que os LPs, então decretados à morte, estariam mais vivos do que o CD em 2017, ainda que os cultuados vinis representem um nicho mercadológico específico. Mas o fato é o que o CD vem se tornando mídia cada vez mais obsoleta – como confirmam dados de relatório divulgado recentemente pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) com dados do mercado fonográfico mundial em 2016.
Os números referentes ao Brasil são desanimadores para quem ainda cultua o CD, formato dominante na áurea década de 1990 (a partir dos anos 2000, a pirataria começou a diluir os lucros das vendas de CDs). Se no mundo as vendas de CD caíram 7,6% em relação a 2015, a queda no Brasil foi de estarrecedores 43,2%. Tanto que, se confrontada somente com o consumo de música digital (downloads e streaming), a receita obtida com a venda de CDs gerou somente 22,8% dos lucros do mercado fonográfico do Brasil em 2016. Já os downloads e streaming (este, o meio de consumo de música que mais cresce no mundo) já representam 77,2% da receita.
Na prática, isso quer dizer que a indústria da música vai fabricar cada vez menos CDs, embora a tendência seja o formato permanecer no mercado, direcionado a nichos como os que consomem avidamente os ressuscitados LPs. Para quem cultua a arte gráfica dos discos, os LPs serão sempre soberanos. Já os que preferem um som mais puro e límpido, sem abrir mão de folhear um encarte com as letras das músicas e as fichas técnicas no disco, o CD será sempre a opção mais atraente.
O desafio vai ser onde comprar os CDs, já que as lojas físicas estão desaparecendo em quase todo o mundo (o mercado japonês é uma exceção porque, lá, o CD ainda é muito valorizado). A alternativa será comprar CDs em lojas virtuais ou nos shows dos artistas (prática, aliás, bem lucrativa). Por mais que o consumo digital dilua o conceito de álbum em favor dos singles, um álbum ainda tem a força de um cartão de visitas no mercado da música, servindo de gancho para o aparecimento do artista na mídia e fazendo girar a roda dos shows.
Esse cartão de visitas será sempre mais apresentável se vier em formato físico – o que garante sobrevida ao CD até mesmo em mercado refratário como o do Brasil, que caiu 2,8% em 2016 enquanto, em termos globais, a indústria fonográfica registrou significativo aumento de 5,9% no rastro do crescimento do streaming.  De todo modo, o CD vai permanecer vivo, sim, mas sem ser a mídia importante que foi na primeira metade dos 35 anos de vida do compact disc. Em outras palavras, o CD agoniza, mas não morre.
Fonte: G1 Globo

 





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